Montadas em cavalos alados e armadas com elmos e lanças, sobrevoavam os campos de batalha escolhendo quais guerreiros, os mais bravos, recém-abatidos entrariam no Valhala. Elas o faziam por ordem e benefício de Odin, que precisava de muitos guerreiros corajosos para a batalha vindoura do Ragnarok, ou seja a batalha do fim do mundo entre os deuses Odin e Loki.
As valquírias escoltavam esses heróis, que eram conhecidos como Einherjar, para Valhala, o salão de Odin. Lá, os escolhidos lutariam todos os dias e festejariam todas as noites.
Os vikings acreditavam que a visão das Valquírias cavalgando seus fogosos corcéis era um espetáculo impressionante e inesquecível. Vestidas com armaduras e armadas de flechas, espadas e escudos, elas emergiam subitamente das nuvens, em meio aos relâmpagos e trovões provocados por seu galope. Apesar das qualidades guerreiras, elas também eram consideradas deusas da fertilidade, pois o orvalho que umedecia a terra se originava do suor de seus cavalos e a aurora boreal se formava do reflexo da luz em seus escudos.
Seus nomes eram Brunhilde (malha de aço), Geirahod (flecha), Göll (grito de batalha), Gunnr (luta), Göndul (bastão mágico), Herfjötur (algemas), Hildr (batalha), Hlökk (tumulto), Hrist (terremoto), kara (voragem), Mist (névoa), Randgridr (escudo), Reginleif (herança dinina), Svana (golpe), Rota (turbilhão), skeggjöld (machado de combate), Sigdrifa (raio de vitória), Sigrun (vitória), Radgridr (conselho de paz) e Thrundr (poder). Outras fontes mencionam também Alvtr, Geirabol, Goll, Hladgudr, Herja, Judur, Ölrun, Prudr, Reginleif e Svipul. As líderes eram Gundr, Rota e a Norne Skuld (”a que está sendo”); o grupo podia ser composto de nove, treze ou vinte e sete Valquírias. Às vezes, as Valquírias podiam aparecer metamorfoseadas em cisnes ou corvos.