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Veles
Veles

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Veles (Weles, Volos) é um dos principais deuses da mitologia eslava, um deus da terra e da água, associado ao gado, ao comércio, ao submundo, a riqueza e a magia. Ele é também o deus dos druidas, dos segredos e o guardião da passagem do mundo de Yav, o mundo onde nós vivemos, para Prav, ou o superior mundo dos espíritos e Nav, o mundo inferior. Ele é oponente do deus do trovão Perun, e a batalha entre os dois é um dos mitos mais importantes da mitologia eslava. Não existem registros originais sobreviventes, mas reconstruções dos mitos especulam que ele possui aspectos do panteão proto-indo-europeu e que ele pode ter sido imaginado como (pelo menos parcialmente) serpentino, com chifres (de um touro, carneiro ou algum outro herbívoro domesticado), e uma longa barba.

O confronto entre Veles e Perun

Os filólogos russos Vyacheslav Ivanov Vsevolodovich e Vladimir Toporov reconstruiram a batalha mítica de Veles e Perun através de um estudo comparativo das várias mitologias indo-européias e um grande número de histórias e canções folclóricas eslavas. Uma característica unificadora de todas as mitologias indo-européias é uma história sobre uma batalha entre um deus do trovão e uma enorme serpente ou um dragão. Na versão eslava do mito, Perun é um deus do trovão, enquanto Veles age como um dragão que se opõe à ele.

 

A razão de inimizade entre os dois deuses é o roubo do filho, da esposa ou, geralmente, do gado de Perun. É também um ato de desafio: Veles,  na forma de uma enorme serpente, desliza das cavernas do submundo e se enrola na eslava árvore do mundo, indo em direção ao domínio  celeste de Perun. Perun revida e ataca Veles com seus raios. Veles foge, escondendo-se ou transformando-se em árvores, animais ou pessoas.  No final, ele é morto por Perun, e nesta morte ritual, tudo o que Veles roubou é liberado de seu corpo maltratado, em forma de chuva caindo  do céu. Este mito da tempestade, como é geralmente referido pelos estudiosos de hoje, explicava aos eslavos antigos a mudança das estações  ao longo do ano. Os períodos de seca foram interpretados como os resultados caóticos dos roubos de Veles. Tempestades e relâmpagos eram  vistos como as batalhas divinas. A seguir, a chuva era o triunfo de Perun sobre Veles e o restabelecimento da ordem mundial.

O mito era cíclico, repetindo-se a cada ano. A morte de Veles nunca era permanente; ele iria se renovar, como uma serpente que abandona a  s ua velha pele, e iria renascer em um novo corpo. Embora neste mito particular, ele desempenhe um papel negativo como o portador do  caos, Veles não era visto como um deus do mal pelos eslavos antigos. A dualidade e conflito de Perun e Veles não representa o confronto  dualista entre o bem e mal , mas sim, a oposição dos princípios naturais da terra, água e substância (Veles) contra o céu, fogo e espírito  (Perun).

 

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Em tempos antigos, no dia 12 de Fevereiro as mulheres realizavam uma procissão, para afugentar a “praga da Vaca”. Após a procissão, elas costumavam fazer uma luta ritual de Veles e Marena (a personificação da morte eslava). Todos torciam por ele, representado por mascarado vestido como Veles, usando a pele de um touro e com uma lança. Nenhum tipo de carne era consumida durante a festa. As pessoas honravam Veles, que os guiava através das dificuldades do inverno. Nesse dia, Veles protegia o gado, afugentava as doenças, e dava às pessoas a força para viverem através das geadas que se aproximavam.

Os ortodoxos russos sincretizam Veles com St. Vlas (Blasius), que se tornou o santo padroeiro dos animais. No dia 12 de fevereiro, dia esse que recebeu o nome do santo, os bovinos são tratados com ração especial. O nome de Veles batizou a cidade de Veles na Macedônia, sobre a qual paira uma colina batizada com o nome do Santo Elias, o Trovão (santo sincretizado com o deus Perun).

 

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